foto: Luiz Eduardo Carneiro

domingo, 14 de novembro de 2010

Presenteado com o selo

Fui presenteado com este selo pelo blog de Anna Leão http://www.annaleao.blogspot.com/ (Metamorfose).
Segundo Quicas, criador do selo: O prêmio "Dardos" é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, artísticos, éticos, literários, científicos, pessoais, etc.
Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, com o reconhecimento pelo trabalho que agrega valores à Web.
As regras inclusas no selo:
- Exibir a imagem do selo no blog;
- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação;
- Escolher blogs para dar a indicação e presenteá-los com o selo;
- E avisá-los.
Presenteio os seguintes blogs:



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tudo tem sua hora

"Ah!!! Se tivesse essa cabeça que eu tenho hoje quando eu era mais jovem". Essa frase é dita por muita gente; eu mesmo, acreditava que seria melhor se eu tivesse a cabeça que tenho hoje a algum tempo atrás. Não penso mais assim! Acho que tudo acontece na hora certa, mesmo que cada um tenha seu tempo e seu ritmo.
Quando se é muito jovem , é óbvio que a inexperiência e a imaturidade fazem parte do contexto, é aí que está a beleza dessa fase da vida. Tudo é mais arriscado e excitante, as pessoas se jogam mais, e vão acumulando as experiências. O mundo é muito mais brilhante, as pessoas são muito mais interessantes, o verão é muito mais deslumbrante, tudo é muuuiiiiiito mais. Nos permitimos algumas extravagãncias; tomar alguns chopps a mais, ficar algumas horas a mais, experimentar umas coisinhas a mais. Será que se você tivesse essa cabeça de hoje, naquela época, se arriscaria tanto na vida?
Na juventude existe uma fome de vida e conhecimento, queremos engolir o mundo. A medida que o tempo vai passando, essa fome vai diminuindo e vamos ficando mais saciados. O amadurecimento traz segurança, e nos torna mais capazes, "quase sempre". Se não fossem os "arroubos" da juventude, não teríamos as experiências e deixaríamos de viver certos momentos por excesso de cautela que só os maduros conhecem. A vivência nos torna mais centrados, "quase sempre". A idade avança e o encanto da juventude vai se transformando em charme. Uma coisa compensa a outra, vamos deixando de ser jovens belos e aventureiros e vamos nos transformando em adultos interessantes e mais confiantes, "quase sempre".
O que vivemos no momento é o que precisamos viver. Sem fugir do clichê: Tudo tem sua hora.
É isso aí! Vamos vivendo!!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Hoje esqueci o cinza

Um azul inteeeeenso!!!
É esse o dia hoje no Rio. E esse azul profundo, essa claridade me traz uma sensação de liberdade incrível! Sinto que o mundo está me convidando para sair por aí afora. Está oferecendo luz, ar e cores só pra eu usufruir. Olho para tudo isso com os "olhos derramados", os mesmos olhos das pessoas que estão apaixonadas. Não é sempre que percebo esses momentos, momentos que são oferecidos como presentes; e muitas vezes, passam despercebidos. O romantismo tomou conta de mim, não estou preocupado em parecer piegas. Hoje não quero contestar nada, só quero me permitir. Me permitir coisas singelas, quase infantis. Sem me preocupar em errar ou acertar, apenas proseguir.
Hoje esqueci o cinza!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Proximidade e Distância

Ultimamente, eu tenho pensado muito no fato de que a distância física pode aproximar as pessoas. Em alguns casos, a convivência é muito desgastante e quando estamos distantes temos a oportunidade de analisar melhor os sentimentos e descobrir coisas que não percebíamos. É óbvio, que é necessário a convivência para crescer qualquer tipo de relação; seja ela familiar, profissional, sentimental e de amizade. Mas precisamos de momentos fora daquele convívio, o desgaste do dia a dia é muito prejudicial e faz com as coisas importantes sejam subestimadas. É preciso ficar atento!
O momento atual é bastante propício para que a distância não seja empecilho para realização de várias coisas; principalmente, no campo profissional, onde uma grande parte do funcionamento se deve ao avanço da tecnologia, mais precisamente a internet. Textos, documentos, fotos e vídeos são enviados para qualquer parte do mundo, praticamente de forma instantânea. Com essa agilidade se ganha em tempo.
Já no campo sentimental, funciona de outra forma. É difícil conseguir um equilíbrio entre envolvimento e distanciamento, que é diferente de convívio e distância física. Muito envolvimento pode distanciar e o distanciamento pode aproximar. É louco isso, né?
Por outro lado, o ser humano só consegue matar a saudade com o contato físico. Telefonema, internet ou a (quase esquecida) carta só amenizam; mas ela continua lá para lembrar que não podemos viver longe, por muito tempo, de quem amamos. Uma coisa é certa, estar próximo não depende da distância.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Me apresento

Uma noite ele foi feito.
Aquela que ía gerá-lo, tinha gerado um monte, ele era o último; e ela já estava na faixa dos quarenta anos.
Aquele que o fez, trabalhava bastante; mas era artista e boêmio. Naquela noite, estava a passeio em casa, trabalhava em outra cidade; e deixou a semente no ventre da sua mulher.
Será menopausa? Não. Era ele!!! A mãe: - Que vergonha! Parir ao mesmo tempo que a filha mais velha!
O nascimento foi festivo, onze pessoas no quarto da maternidade para receber o bebê, era cabeludo e de olhos puxados. O único irmão homem finalmente realizou o sonho de ter um irmãozinho homem também, mas já não tinha tanta graça, tinha esperado demais, e além disso era tão pequeno e frágil; mas mesmo assim fez mil promessas do tipo: - Vou pagar seus estudos, etc.
A mãe tinha uma dilema: Curtir o filho temporão ou o primeiro neto? Qualquer que fosse a opção ela seria julgada por dar preferência ao filho (que é natural). Apesar dos esforços para não existir diferenças; tanto o filho, como o neto e a mãe/avó sofreram com esse impasse, embora o amor estivesse sempre presente.
Mil expectativas em cima desta criança. O tempo foi passando e a criança crescendo com forte inclinação para as artes. "Ah!!! Como é inteligente e falante. Desenha e pinta muto bem! (Este menino precisa ser podado porque o mundo real não tem as cores que ele pinta)". Ele tinha tudo para ser um vitorioso na vida. Será?!!! Notas boas sempre, e quadro de honra na escola. Era um menino talentoso, mas de olhos tristes; apesar de não ter motivos. Será?!!! Sempre apaixonado por alguma das coleguinhas da classe.
Chegou a adolescência, ele continuava apaixonado por uma outra das suas colegas da classe, mas as notas já não eram tão boas e o pensamento sempre vagando. Mil idéias, criatividade e hormônios borbulhando. A timidez tomou conta. Viu que não era um modelo de perfeição que impuseram a ele, e cobravam: -"Você tem a obrigação de se destacar!!!" Mas ele não conseguia, ele era apenas um adolescente cheio de sonhos comum à sua idade, nada mais. Foi se decepcionando com a vida, com a colega pela qual era apaixonado, com o sobrinho da mesma idade, e consigo mesmo. Namoradas??? Muita decepção, sempre esperava demais! E... sofria... sofria... sofria...
Na juventude tinha muitos amigos. Ele era interessante, se vestia bem, era criativo e arrojado. Alvo de admiração e inveja. Começou a trabalhar com fotografia, tinha conseguido um certo destaque na área, apesar de bem jovem. Ganhava dinheiro e viajava muito, emprestava aos amigos. Exercia uma liderança na turma de amizades. Era, de certa forma, bem sucedido. Cursou uma faculdade e saiu em busca de algo que ele não sabia o que era. Mudou de cidade, deixando de lado a estabilidade que tinha conquistado e foi atrás desse "algo". Aprendeu, sofreu, lutou, divertiu, ganhou, perdeu, experimentou, abusou, noivou, separou, amou, desiludiu e voltou.
Quando voltou, já não tão jovenzinho, os amigos já estavam estabilizados na vida e a maioria deles já tinha casado. Já não achava mais seu espaço, era o "queridinho" da turma e também o "diferente". Já não conseguia se identificar com eles. Têve depressão, tomou remédio, fez análise, quase perdeu o rumo e a capacidade de sonhar. Mas conseguiu se levantar.
Agora com, aproximadamente, a idade que sua mãe engravidou dele. Uma idade que era tão longínqua! Não casou, não tem filhos e não construiu patrimônios. Mas continua aquele menino inteligente e cheio de talentos. Novamente, saiu em busca do "algo".
Sucesso?!!! O que é sucesso? Se for não ficar parado e ir atrás de coisas que acredita mesmo que estejam fora dos padrões familiares; se for nunca deixar de trabalhar com o que realmente gosta; se for realizar projetos artísticos de maneira profissional e eficaz; se for tudo isso: Ele é um homem de sucesso! Mesmo não tendo uma vida dentro dos padrões impostos, não tendo filhos e nem patrimônios. Uma vez, uma amiga comentou que na vida dele nada dava certo. O que é dar certo?!!! É seguir padrões?!!! ???
O que é importante é que ele nunca parou, está sempre inquieto e em busca. E com muita força, sempre recomeçando!!! Sempre mais forte do que quando começou.

Ele é fotógrafo profissional, ator e produtor cultural. Quem é ele? Ele sou eu.


Luiz Eduardo Carneiro (Dado)